Denis: "É mal notar a galera desprezando todo um trabalho, devido ou ao sucesso ou à simplicidade de uma música"
Fulano de tal:"É como se os papéis se invertessem e uma canção já nascesse tendo maior dimensão que todo o álbum do qual ela faz parte”
Uma das questões que povoam minha cabeça enorme (e não apenas a respeito de música, mas que aqui seja esse o foco) é a da efemeridade de nossa atenção, conseqüência da insuficiência perceptiva e a conseqüente queda nos índices de sensibilidade. Não por acaso, questão tão atual quanto menor sua obviedade. E digo isso porque a tendência parece ser absorvermos a modernidade como se ela fosse a exata medida do fôlego que precisamos para respirar vida. Do que exatamente estou falando, Denis? Sendo simples e direto, estou querendo dizer que.
As pessoas têm reconhecido as bandas pela música, se aquilo se assemelha a “Take me out” ou “Obstacle
Muito comum entre nossos antepassados, os álbuns eram não compilações de músicas ou apanhados gerais do que fizemos de último, e sim conceitos musicais - traduzidos em canções - separadas por faixas – combinadas nesse todo - transformado
Não se trata de realizar aqui e agora uma ode ao passado, pois há muito, já, o olhar sobre o passado não alivia nossa culpa presente, sequer aponta desígnios futuros, pois perdemos a capacidade de vê-los nas entrelinhas do que já aconteceu. Enquanto uns cultuam o passado e outros enaltecem o futuro, proponho reunir os opostos e discutir o momento atual, apenas como uma forma de atentar, em conjunto já que estamos fraquinhos para fazermos sozinhos, à tal modernidade (ou o nome que queiram dar) em que vivemos.
Se acreditamos na nova música, falta a creditarmos como digna de uma atenção maior versus a efemeridade de nossos consumismos, oportunismos, neologismos, macaquismos. Enfim.
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