segunda-feira, junho 25

INMWT “Party



As edições de nossas festas têm se caracterizado pela diferença. Seja entre os sets que são apresentados ao público (como nesta edição de Junho), seja entre as edições em si, que cada vez acontece de modo diferente.

Quem foi a todas as edições, desse ano, percebeu que elas têm se apresentado cada vez mais amplas, no sentido sonoro da coisa. Os DJs não têm girado apenas em torno de músicas novas, e sim em torno de sonoridades emergentes. Como a volta do eletroclash repaginado através dos derivados sob o rótulo new rave, ou como a idéia de Maximalismo, a qual é menos um rótulo que um momento pelo qual a música está passando, principalmente quando se trata de pista, discotecagens e afins.

E, isso tudo, não por acaso. A INMWT tem se caracterizado, como um amigo comentou, pela surpresa. Na real, ele quis dizer que vai à festa sem saber o que irá dançar, só a certeza de que vai pra pista e alguém cuidará de fazê-lo não sair de lá.

Não sei se isso acontece com todos, mesmo porque com sets tão diferentes, certamente um povo sai porque não gosta daquela sonoridade e outro vem porque estava esperando bem aquilo. O importante, nessa história toda e nisso que tem caracterizado a festa, é que o preconceito musical tem sido deixado de lado.

Duas sonoridades distintas, como o rock e o eletrônico, acabam se encontrando e, mesmo se essa união não vira electro ou disco, o motivo pra continuar dançando permanece.




DJ'ng


Pra essa edição, reunimos 4 DJs com sets específicos. Da meia-noite às 4hrs, o público dançou de tudo.


A Cá Cardoso fez um set de vocal feminino com batidas electro e pegada rock, por vezes disco, em outras funk. Já o Renan Mendes ficou no Electro-‘algo’, apresentando
algumas coisas novas que ele havia descoberto, sem diminuir o volume da pista que a Cá havia deixado lotada.


Durante o set do Renan, mudei o que eu ia fazer, por sentir que tudo estava indo mais pro eletrônico que pro rock e decidi trazer este um pouco à tona. Foi 1 hora que passou rápido, com muitas guitarras e vocais gritados. A minha idéia era caminhar para o disco-punk, mas acabei ficando só no rock mesmo, quando o Gil Riquerme me alertou que seu som ia começar “por aí”.


Ok! E lá veio ele misturando tudo no melhor sentido do Maximalismo, assunto destaque nas últimas semanas e tema que foge dos rótulos, apesar de estar circunscrito por um.


Ao final, apesar da diversidade sonora, a noite pareceu mais electro que rock e o povo se jogou sem sair da pista, até esta ser encerrada por motivos de força maior (!!!)



Na próxima, quem sabe o rock prevaleça, apenas como escopo para ela, não por razão de ser. O intuito é ter sempre essa galera tão diversificada, pois o que os une e os faz igual é a música que estão dançando. E é muito bacana você ver alguém que gosta de rock dançando eletrônico, assim como o contrário. Tudo em prol da diversão, sem preconceito, nem burra. Que é no que eu tenho me preocupado, nos últimos meses.



E tem rolado bem até aqui, você tem gostado?