www.innewmusicwetrust.com.br
Aqui ficam os arquivos ; )
janceiro/2008
Por Aline Baroni
Para a cena independente, o sucesso é uma espécie de tabu. Continuar no 'anonimato' ou penetrando em um público segmentado significa não expandir as vendas. Por outro lado, fazer sucesso aparentemente representa perder a independência e entrar no mainstream. Em Curitiba, além dessa encruzilhada, os músicos enfrentam ainda outros problemas, como o público mais ‘reservado’ e o amadorismo na produção. É o que diz Denis Pedroso, DJ e produtor do projeto In New Music We Trust, que incentiva bandas locais e traz bandas de outros estados para tocar na cidade. Ele ainda fala sobre as bandas curitibanas de sucesso ao Um olhar sobre Curitiba.
Aline Baroni: O público de Curitiba é mesmo frio como se diz?
Denis Pedroso: O público curitibano é mais contido. "Frio" é pejorativo demais. Algumas bandas gostam daqui porque servimos como público teste. Ou seja: se a reação for legal, quer dizer que o trabalho está bom. Dizem que somos mais críticos; quem sabe seja por isso que ao invés de participar, a gente prefira só assistir. E, às vezes, até bater palmas [risos].
AB: Pela sua experiência em trazer bandas de outros estados, você diria que os curitibanos são mais receptivos com bandas daqui ou se interessam mais pelo que vem de fora?
DP: O público se interessa mais pelo que conhece. A questão é que poucos procuram conhecer. Preferem ir a um show de bandas locais, que já ouviram, do que ver uma banda de fora. Nesse sentido, o público desse segmento, tido como alternativo, se comporta como o senso comum. Se não sabem cantar a música, criam uma certa distância e receio.
AB: Quais atualmente você aponta como as bandas curitibanas de maior destaque?
DP: Há, claro, um universo maior do que aquele que eu conheço. Mas, dentro disto, Mordida, Dissonantes, Poléxia, Sabonetes, Constanza... Ah!, tem mais, mas nessas horas a gente esquece.
AB: O que elas têm de inovador ou que te chama atenção – aliás, não só a sua, visto que elas são famosas na cena local? O que você aponta como diferenciais delas?
DP: Mordida e Dissonantes possuem um público segmentado, que está sempre presente em seus shows, além de serem boas bandas, claro. Poléxia possui uma qualidade de produção ótima, boas músicas, um apuro que em outras bandas a gente tem de esforçar pra encontrar. Já Sabonetes têm muito potencial. Estão começando, mas têm talento e são uma promessa por conseguirem aliar o rock ao pop sem fugir do óbvio. Contanza é composta por músicos experientes, têm um show muito bom de se ver e estão começando a tocar em outros estados.
AB: Qual a maior dificuldade, ou as maiores, em se fazer shows com bandas independentes em Curitiba? O que você acredita que seja o maior desafio dessas bandas?
DP: Vou por partes. A maior dificuldade é, não tenha dúvida, o público. Ele é pouco, o que faz com que as coisas demorem a se desenvolver. A segunda maior dificuldade é o amadorismo nesse segmento, tanto das bandas quanto de outros produtores e "profissionais" envolvidos.
Link: http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/redacao3/node/119
New Rave... What?
Ruídos de uma nova tendência
Desde outubro, do ano passado, há um tópico sobre esse assunto, em nossa comunidade no Orkut. Recentemente, colaborei com o Jornal de Comunicação da UFPR, respondendo algumas perguntas sobre isso. A matéria foi feita por Pedro Augusto Souza e você pode ler através desse link.
A Piada
No mesmo tópico, o Vinicius postou a resposta de Simon Taylor-Davis, sobre o fato de ele e o vocalista do Klaxons terem criado o termo, digamos assim... brincando. Eu transcrevo aqui:
Legal a matéria. Nem um pouco aprofundada, mas consegue informar quem não tem nem noção do que se trata.
“A new rave é uma tendência lançada pela New Musical Express (revista inglesa de música) e se vale não só de música, mas também de moda, comportamento e política” (Denis)
Li uma entrevista do Simon Taylor-Davis (dos Klaxons) esses dias, e ele estava dizendo: “(...) inventamos (o termo new rave) como uma piada e, para nós, era muito engraçado. Queríamos criar algo pelo qual a imprensa britânica ficaria excitada. E eles ficaram. Se você vir fotos da turnê (Indie Rave Tour) da NME, na Inglaterra, há milhares de adolescentes vestidos com roupas de neon e segurando glowsticks. É sem dúvida uma subcultura na Inglaterra, (...) que envolve aparência e moda. (...) Em termos de música, (new rave) é aquela atitude das bandas quererem se divertir, eles parecem estar gostando do que fazem. É uma celebração.”
Participe
Se quiser expor tua opinião, diga o que acha, através do tópico, clicando aqui. Se preferir continuar lendo, abaixo eu transcrevo todas as perguntas às quais respondi, sobre esse assunto. A quem interessar possa...
Entrevista
Intro
Antes de começarmos, eu procuro esclarecer alguns pontos que considero relevantes.
I
Antes de tudo, ainda é necessário esclarecer que... New Rave é um rótulo. Nasceu, sim, de uma piada entre o vocalista da banda Klaxons e um jornalista da NME.
E, como bem sabemos, a NME há décadas lança tendências que se valem, claro, de música, mas também da moda, comportamento, política, etc. Portanto, é antes de tudo, uma jogada oportunista.
Mas, claro, não precisa ser apenas isso. E, outra, esse revival das raves tem a ver mais com o comportamento do jovem londrino na noite (pistas, luzes, drogas), do que com a música produzida atualmente, nesse segmento, lá.
II
Se o rótulo é aplicado a algumas bandas, o que significa?
De 2005 pra cá, novas bandas surgiram se dizendo o que? "New Rave". "Qual o tipo de som que fazem?", a gente perguntaria, e eles responderiam que "não sei bem, mas tem de ter sirenes, teclados, vários tchu-ru-rus ao fundo, ser frenético, dançante, colorido, etc. Ah, no clipe da música, tem de ter laser, umas colagens toscas, neons e cores vivas, de preferência misturadas. E tudo isso com a gente no fundo azul".
Pra não ficarmos apenas nisso, como se toda essa onda levasse apenas a um arco-íris musical, dá pra dizer que disso tudo pode surgir alguma sonoridade nova que seja bacana, que constitua um estilo ou que apenas influencie muitos outros.
Este último sendo o reflexo mais visível e esperado desse sincretismo musical, que tem pautado o segmento e a música eletrônica, da década de 90 pra cá.
- Sonoramente falando, o que é o new rave?
Um pouco, foi dito acima. Indo além... Primeiro, os formadores de opinião rotulam a sonoridade de algumas bandas, reunindo, seja o que for, pra dar caldo ao rótulo e lançam tal tendência. Claro, eles não são bobos, sabem que há algo maior que está sedimentando tudo isso e, esse algo, ele não precisa ser necessariamente musical. Os elementos em jogo são sutis, na influência que têm uns sobre os outros.
Com isso, reúnem bandas diferentes como New Young Pony Club, Klaxons, Cansei de Ser Sexy e The Sunshine Underground em uma turnê "new rave". Depois, colocam algumas bandas que antes desse rótulo existir pertenciam a outra sonoridade e rótulo, como o Datarock e Hot Chip, e desse pacote começam a dar forma à nova grife, etiqueta, como quiser. Sirva-se.
De início, isso tem mais importância que a própria música e, quem sabe um dia, conseqüentemente a influencie e tal influência seja o mais importante. Não é irônico? Também é, hoje, mais sonho que realidade.
- O new rave é apenas um estilo musical ou transcende a música tornando-se tendência de moda e comportamento?
Não vejo nem nunca vi como um estilo musical e espero estar claro, até aqui, isso. É, como eu já disse, um rótulo. Mas, não tão simples assim, já que ele se constitui de estratégias de uma indústria musical, que também é cultural (há que se lembrar, sempre), a qual se vale da influência que possui pra ditar o comportamento, ao mesmo tempo em que enxerga ele tomando alguma forma. É como se um jornalista (ou produtor, músico, etc.) fosse visionário e oportunista ao mesmo tempo.
E, se quisermos dar mais valor à new rave do que simplesmente o rótulo, digamos que ela tem sim um aspecto histórico bem relevante, que é ser um revival das antigas raves (final dos anos 80). Porém, sobre isso, a gente aqui de tão longe não tem como falar muito bem, afinal, isto deve se apresentar em foco lá, aqui sendo antes uma imagem borrada de tudo.
- As festas new rave em Curitiba e no Brasil apresentam alguma particularidade que as diferenciam daquelas da Europa e Estados Unidos?
Você fala da cena alternativa de lá ou daqui? Pois, tenho uma resposta pra cada sentido dessa pergunta.
Se você se refere às festas londrinas, e naquilo que sei por meio de amigos que lá vivem, acredito que tendem a ganhar mais espaço conforme a contenção da polícia diminuir, o espaço na mídia proporcionar e a disposição das pessoas continuar existindo. Nada mais. Mas, aí, estamos falando das raves nas quais eles marcam momentos antes de se encontrarem e tomam espaços abandonados e tudo mais pra se reunirem em meio à música, drogas e o que mais estiver na roda.
Já, por aqui, festas com músicas pra pista, pessoas doidas, drogas e por aí vai, isso tudo sempre rolou, só não tinha lasers. Ou tinha? (rs) Não vejo sentido em pensar as festas raves de Londres, no Brasil, pois o comportamento, a cultura e o momento histórico aqui é outro. Se falarmos então de Curitiba, aí então a distância cresce imensamente.
- Quais os maiores nomes do new rave?
Pelo que temos notado qualquer banda, DJ, artista, dentro de uma lógica mínima, pode se enquadrar no rótulo, já que ele carece de definição. Mas, perceba que a maioria dos citados nunca ficam só na new rave, eles têm sempre outro rótulo que subjaz o som produzido. E, falar naquelas bandas reunidas na tour new rave NME, como representantes do título baseado na sonoridade, aí é brincadeira.
Festival Mente Aberta
Revista Época + Trama
Foi Valéria quem me deu a letra sobre este festival. Ela me intimou a votar na banda que produz lá em Belo Horizonte (antes, ela produzia o monno, e foi uma das pessoas que ajudaram a viabilizar a vinda deles pra cá, na última inmwt "ao vivo").
Fui conferir e gostei, afinal, o lance é promover novos artistas nacionais, de qual sonoridade forem, não importa (apesar da sonoridade, na verdade, ser quase que a mesma, entre as finalistas, se liga lá). Desde que tenham uma pegada pop e não sejam exclusivamente instrumentais. Claro, eles querem lançar algum artista que "dê certo", manja como, né?
Era só ter enviado um video de no máximo 7 minutos, e sem recursos de edição, até 10 de setembro (foi mal, galera, fiquei sabendo um pouco tarde). Já rolou uma 1ª etapa de seleção e, hoje, tu acessa o site www.festivalmenteaberta.com.br , instala o plugin silverlight, da microsoft, e assiste aos videos, podendo voltar na que você acredita inspirar confiança. Essa 2ª etapa vai até o dia 19 de setembro, a 3ª iniciando dia 22, com apenas 6 candidatos. Quem for vencedor, ficará três dias gravando no estúdio da Trama.
O festival é uma realização da Revista Época, com apoio da Trama. O juri que selecionou as 12 bandas, dentre 25 que foram classificadas, era composto pelos músicos Tom Zé, Lucio Maia, João Marcello Bôscoli e Emir Ruivo e os produtores Carlos Eduardo Miranda e Dagoberto Donato.
Fica a dica aí. Dê sua conferida, tire suas conclusôes, vote ou venha aqui elogiar ou criticar essa iniciativa.
Os 12 Finalistas
Bazar Pamplona com "Agora eu sou vilão"
Dilei com "Frente ao bar"
Gardenais com "Ontem"
Juba com "Seco sertão"
Julia Car com "Pisa Pesado"
Lorenza Pozza com "Aos garotos de aluguel"
Porcas Borboletas com "Cerveja"
Radiola com "Macumba"
Rodamundo com "Teu cais"
Samuledangelo E Os Pra lá de Mundeú com "Sétima cantiga"
Supercordas com "Eu não tenho sorte nessa vida"
Tchê e The Playback Boys com "No desktop do laptop"
www.festivalmenteaberta.com.br
Love Is All
Formado por Josephine Olausson (vocais), Nicholaus Sparding (guitarra+vocais), Fredrik Eriksson (saxofone), Markus Görsch (bateria) e Johan Lindwall (baixo), o grupo sueco de indie pop Love is All renasceu das cinzas da então extinta Girlfrendo. Como sua banda anterior, o quinteto liderado por Josephine continua falando sobre relacionamentos e paixões, mas suas músicas são anárquicas, inquietas e barulhentas em uma estética lo-fi. Recebendo críticas positivas de blogs e sites, Love Is All é uma banda querida na comunidade virtual e tem condições de ser querida fora dela também.
O grupo já lançou alguns singles e em 2006 assinou com o selo nova-iroquino Whats Your Rapture onde lançaram seu primeiro disco, Nine Times The Same Song, que entrou em diversas listas de melhores do ano."
Leia a entrevista com a vocalista, clicando aqui.
Site: http://www.loveisall.se/
Myspace: http://www.myspace.com/loveisall8
Invasão Sueca
(nº3)
Pois é, hoje começa, no Recife, dentro do No Ar Coquetel Molotov. Depois, segue descendo até o Rio Grande. Em Curitiba, chegam dia 17, desembarcando no Era só o que faltava.
Segue todas as infos, aproveite e prestigie.
Turnê Invasão Sueca
14 e 15 de setembro
Recife // Teatro da UFPE
Shows com Love is All, Suburban Kids With Biblical Names e Hello Saferide
Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br
16 de setembro
Porto Alegre // Santander Cultural
Show com Hello Saferide
Ingressos: R$ 10,00 (venda a partir do dia 03/09)
Mais informações: www.santandercultural.com.br
17 de setembro
Curitiba // Era Só O Que Faltava
Shows com Love is All, Suburban Kids With Biblical Names e Hello Saferide
Mais informações: www.faltava.com.br
18 de setembro
São Paulo // Sesc
Show com Hello Saferide
Ingressos: $ 10,00; R$ 8,00 (usuário matriculado). R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes, aposentados e estudantes com carteirinha)
Mais informações: www.sescsp.org.br
20 de setembro
São Paulo // Studio SP
Show com Love is All e Maia Hirasawa
Mais informações: www.studiosp.org
21 de setembro
São Paulo // Studio SP
Show com Suburban Kids With Biblical Names e Maia Hirasawa
Mais informações: www.studiosp.org
Mais informações:
www.invasaosueca.com.br
(Parte I)
Semanas atrás, a banda paulistana Jumbo Elektro (que está disponibilizando seu álbum pelo site) passou por Curitiba. Não fui vê-los, mas me disseram que o show foi incrível. Novidade nenhuma, pois eles são bons mesmo (os vi em 2005, na festa de 7 anos do James, no Via Rebouças). A passagem deles por aqui não se limitou apenas ao show...
Dias depois, a Andy (Andressa Andrade, que entre outras coisas organiza a La Rock, junto com a Talita Portela), pegou meu endereço e enviou-me um material da Reco-Head. De onde?
Se você ainda não conhece, a Reco Head “é uma gravadora fundada em 2002. Atualmente tem em seu catálogo artistas brasileiros que se diferenciam pelo altíssimo nível criativo”, entre eles, o Jumbo Elektro.
O material que a Andy me enviou não possuía nada dessa banda, mas foi entregue a ela por um de seus integrantes, Marcelo Ozorio, que é também produtor executivo da gravadora. No pacote, veio o catálogo deles e três álbuns.
O que eu vou fazer aqui será falar de cada um em especial. E, o primeiro deles é...
Arthur Joly
Antes de tudo, vai ouvindo, enquanto lê :
(O player funciona bem pra quem usa FireFox)
Esse cara faz de tudo: escreve, canta, edita, produz e ainda toca todos os instrumentos. Mas eu nem vou entrar na lista de trabalhos realizados por ele (entre outras coisas, fundador da R-H e produtor musical do ”Freek To Meet You”, de 2004, do Jumbo Elektro), pois só o álbum, a seguir, já é suficiente para lhe conquistar a atenção durante um bom tempo.
“Arthur Joly apresenta Jam Jolie Orquestra”, de 2006, distribuído pela parceira Tratore, concorreu ao Prêmio Toddy de Música Independente, na categoria rock.
Um disco inteiro de um homem só, com um rock de sotaque sessentista e baladinhas romanticamente fluentes. Tudo isso, com direito a um timbre beach boys, arranjos milimetricamente elaborados e um quê psicodélico.
Notadamente cuidado nos detalhes, o álbum é um primor, tenho ouvido direto há algum tempo já. E a música “O gago”, que você deve estar ouvindo neste momento, afinal a deixei a um play de distância dos seus ouvidos, entrou para o meu set nacional (música para descontrair a pista, boa).
Aproveite que ele está temporariamente para download, por aqui. E, após ouvir, saiba mais sobre Arthur Joly e acompanhe o talento do cara, que não é pouco. Assista:
Myspace: http://www.myspace.com/arthurjoly
Na Reco-Head: http://www.recohead.com.br/novo/art_jamjolie.htm
Bom, já está claro que a diferença e a diversidade têm sido o padrão de nossas festas. E este padrão, aliado ao objetivo de discotecar apenas músicas e bandas mais novas, é a força motora do projeto e tem sido a matriz dos eventos (seja “Party” ou “Ao vivo”). Nós temos obedecido à pluralidade, palavra que nos dá sentido e tem regido.
O ano tem dado razão, passada cada edição, ao meu deslumbre e contentamento explícito pelo que tem rolado nas festas do projeto. E, você, tem vivido ou visto isso, seja como for (prestigiando os eventos, participando na comunidade, visitando o site), e eu tenho certeza disso (porque possuo as estatísticas, haha). Portanto, vou deixar de comentar este fato, como faço a cada mês vindo aqui analisar o andamento do projeto, e dizer pra quem não foi como estava sexta-feira, dia 24 de agosto, no bar James.
22:00
Eu corria entre a gravação do DVD da edição e o bar, enquanto o (DJ) Renan aparecia pra instalar os CDJs e iniciar o lounge, discotecando já à partir das 22hrs. Atendendo aos chamados e aproveitando a promoção que rola desde o início do ano, o público chega cada vez mais cedo. Faz calor, nesse dia, as condições são as melhores...
23:00/00:00
O movimento já é grande, o set lounge que está rolando vai saindo de cena; o povo quer é se jogar na pista, está claro. Antecipando, portanto, meu set, já mudo as luzes, aumento o bpm e abro a pista (a qual já estava repleta, mesmo sendo apenas lounge). Discotequei de The Films a Digitalism, isso pode? Nas INMWT’s sim. Lembro (e tem no video isso) de passar os cdjs pra Cá quando a faixa “Romantic Rights” do álbum de remixes do DFA 1979 mudava o tom.
01:00
A Cá tem feito seu set de vocais femininos soar mais um entre os outros, apesar de não o ser. Durante uma hora tu só ouvir mulheres cantando? Tem sido isso e todo mundo tem aderido, pois ela vai do rock ao (um pouco) eletrônico sem perder o andamento. Mas, desta vez, não posso comentar muito, pois larguei a cabine nas mãos dela e do Marco (que fez a luz pra ela) e fui ao 2º andar...
Lá, rolava o DVD de Agosto, com vários clipes novos. (Pra setembro, prometo também vídeos das próprias festas, no DVD). No mais, clima de paquera e muita conversa, ali. Um detalhe que chamou muito a atenção: quanta gente do mesmo sexo se pegando. Tenho de falar, pois estava de surpreender. E olha que a gente está acostumado, mas desta vez bateu recorde, hahaha. Outro detalhe: povo muito bonito, há que de dizer.
02:00
03:00
E lá vem o electro do DJ Renan Mendes, que desta vez tocou como DJ da festa, não apenas convidado, e levou aos ouvidos dos corpos na pista uma hora de eletrônico sem excessos. Pra satisfazer a todos os gostos, aos fôlegos de todos os vivos e aumentar a pluralidade da noite. Eu tive de ir lá tirar ele, pois o povo estava tão frenético, que o cara entrou na onda e não queria mais parar de tocar (com toda a razão. Mas, era o meu horário e eu também queria mandar ver, hahaha). Lá vem os...
04:00
Mashups, então. Ok! Abrindo com um Daft Punk versus The Killers e seguindo com a mistura, do pop chiclete com o rock mais pesado até o eletrônico menos pretensioso ao disco-punk mais conhecido. E por aí vai, surpreendendo os ouvidos menos atentos...
05:00
Ao final, se não fosse o bpm baixo, não tinha como fazer o povo sair da pista. Até então, as festas não tinham essa necessidade, pois o povo não costuma agüentar mais de 6 horas na pista, mas, desta vez, se fez necessário (parecia mês de férias, final do ano).
Chega esse horário, a gente diminui um pouco o ritmo não porque essa é a hora de acabar, mas porque até as 06hrs é o tempo que as pessoas vão, no caixa, calculando o saldo das bebidas misturadas ao som da pista. E, pelo que eu tenho visto, esse saldo tem sido só positivo pra todo mundo ; )
Até o dia 28 de Setembro, que tem edição especial de aniversário(s): da INMWT, da Cá Cardoso, do Luli Franco... Tem dúvidas de que estará divertida?
Dirty Projectors
conheci o dirty projectors no ano passado, quando me aprofundei no que tava rolando no brooklyn, que eu já havia identificado, sacando o inlets, o grizzly bear e, claro, o tv on the radio, como celeiro e ponto de congregação dessa atualidade frutífera e realmente pluralizada. a jerusalém pop da minha geração. mas o fiz não sem um certo atraso, pois a banda acabara de lançar um ep, o 'new attitude', que já era subseqüente a três longs.
david tá no meio desse turbilhão de liberdade que é a vanguarda do brooklyn, constituída toda por pessoas naturais de outros pontos da américa (como o sebastian, do inlets, que é de winsconsin) e que em nova iorque se juntaram, no aconchego dos pequenos apartamentos, modelando, pós arrombamento de todas as portas tecnológicas e 9/11, novos sons. e não só. uma outra pegada juvenil tb (sim, comportamental), que a gente não conhece e, claro, realmente não pode absorver por aqui.
descobri isso só depois, e vocês vão descobrir na terça (dia 11) que um dos álbuns do ano, senão o álbum do ano, rivalizando com os de kes, deerhoof, justice, caribou, os telepatas e thee more shallows, é 'rise above', do projectors _uma experiência XXXXXX (quero encontrar adjetivo 10 vezes mais potente que sublime) exatamente sobre o 'damaged', clássico do black flag que tinha raivoso rollins no vocal, em 81. em 2007, david empenhou sua voz teatral gay em uma reimaginação livre, idílica e quase ficcional do disco.
a história é a seguinte: de férias na cidade natal, ajudando, acho, numa mudança residencial de sua família, ele achou um k7 véio. típico. na fita, seu mui amado e air-imitado na infância 'damaged' tava gravado. não ouviu, teve idéia melhor: pegar um violão e, em um k7 também, registrar 'damaged' de acordo com aquilo que sua memória alcançava. de volta ao brooklyn, juntou a pequena orquestra-banda que o escuda e arranjou os retalhos de melodia e lírica em estúdio.
tem batimentos e velocidades misteriosos, que nos proporcionam diferentes sensações: ora estamos suspensos no ar, ora correndo no mar. além disso, milton nascimento e itamar assumpção, com harmonias típicas, visitam essa festa da memória e das várias fantasias cujo host seria um peter gabriel surtadaço, com colar de flores. todos abençoando à beira da praia a psicodelia ainda não-enciclopediada que é o discaço.
se não bastasse o disco em si, esse paraíso de desenvolvimento artístico e humano brooklyniano permite que a baixista, flautista & vocalista ANGEL e a guitarrista & vocalista AMBER, dois dos três criativos componentes da orquestra do david, sejam duas gatinhas que, meu..., francamente, passar mal. e que devem circular nos milos garages da região. ou seja, é muita coisa. ouvi-las cantando em cada compasso como passarinhos versos tipo "miserable and thirstyyyyyyyy" é insanidade pura.
Myspace: http://myspace.com/dirtyprojectors
por Claudio Szynkier
http://descobrindobandas.zip.net/
PROMOÇÃO
Concorra a...
- EP's do Rockz
- Camisetas do monno
- Demo do Sabonetes
- Nome na lista
Só pelo tópico: http://tinyurl.com/2gjt2a
Até as 16hrs, quando rola o sorteio ; )
Ou então, pela Lumen ou 91 Rock...
SABONETES
(Release)
“Música para lavar a alma. E as paredes.”
Quem percorre os redutos rock de Curitiba já deve ter ouvido falar dos Sabonetes. Com quatro integrantes influenciados pelo novo rock e pelo velho samba, a banda Sabonetes vem agitando as pistas de dança desde 2004.
(Fim do release)
Pouco, né? Pra descrever o que esses caras têm produzido e a qualidade de suas músicas, isso acima é pouco. Qualquer um que já assistiu a um show dos Sabonetes sabe do que estou falando. Eles tocam bem, tem um repertório finíssimo e, quando mandam ver suas músicas próprias, crescem no palco.
Ouça a inédita, exclusivamente apresentada pela INMWT
“Essas coisas”
(e segue lendo ;)
Eu me surpreendi, desde a primeira vez que dei de ouvido com o som deles. Logo procurei saber quem eram esses caras e fui atrás de mais informações e músicas. Com o tempo, passei a espalhar pra todo mundo o quanto estava surgindo uma banda, em Curitiba, que tinha uma roupagem nova, antenada e com belas composições. Nós todos sabemos que o público local, às vezes, não considera muito o que surge de seu próprio solo, como se ele não fosse fértil, incapaz de produzir algo que estivesse a altura de outros centros. Ledo engano, meu povo.
Sabonetes passaram a cativar o público por onde passavam e, com o tempo, passaram em dobro pelos lugares e abriram novas portas. Eu me acostumei a sair divulgar meus eventos e ver cartazes de shows dos caras em diferentes casas. Fiquei contente e, confesso, senti uma ponta de orgulho, afinal os descobri por conta e os divulguei independente de conhecê-los. E, aí, é claro que nos sentimos como se tivéssemos lançado algo. E, sentir isso, pelo trabalho alheio, é muito bom.
Imagina o meu orgulho e prazer, agora, quando posso lançá-los pela INMWT “Ao Vivo”, depois de meses guardando os caras para um momento preciso. E ele chegou, em boa hora. Junto com Rockz e Monno, Sabonetes compõem o melhor line up até aqui, apesar de terem sido apenas 4, porém quem acompanha o projeto sabe que os 4 lines foram de alto nível, então esse ser o melhor representa muito.
Agora, é aguardar. Dia 7 de Setembro tu irá conferir isso tudo aí que estou dizendo. E, pode vir até mim e reclamar, caso considere que eu menti, o enganei ou se tu não gostou de nada.
Até lá, então!
Denis Pedroso
Clipe de “Se não der não deu”
-
Myspace: www.myspace.com/sabonetes
Comunidade: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=895905
(release)
Enquanto tu lê, vá ouvindo...
As sete canções do EP de estréia do quarteto, lançado no segundo semestre de 2005, se espalharam dos quartos dos caras para centenas de computadores através do Tramavirtual e do Myspace do monno e já têm uma oitava companheira. A faixa “Agora”, está disponível no www.monno.com.br.
Para não deixar de lado as boas referências locais: o monno abriu o show de lançamento do último disco do Skank no Tom Brasil,
Se o tal “novo rock brasileiro” é realmente um rótulo aplicável, o monno está entre os ingredientes mais ativos do produto, junto com companheiros de palco como os cariocas do Moptop ou os sulistas do Superguidis. Mas a urgência aqui é muito mais uma necessidade do corpo do que um objetivo de mercado. Até porque, “o que é real além da impressão do que se sente?”, pergunta Bruno em “Silêncio”.
Mais divertido do que rotular é ouvir canções como “A falta” ou “Lugar algum”. Os acordes dissonantes e velozes batidas provocam uma saudável inquietude, uma vontade de apagar a luz, acender um cigarro e ir ver a noite na rua. Talvez isso seja uma impressão boba, alguma obsessão despertada pelas guitarras altas. Mas de alguma forma a impressão pode fazer sentido: o monno esta aí e você precisa fazer alguma coisa a respeito.
Rodrigo Ortega